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A história que só acontece aqui ep1

  • Conto erótico de lésbicas (+18)

  • Temas: Encontro, paixão, sexo, drama
  • Publicado em: 03/05/24
  • Leituras: 10
  • Autoria: ela_praelas
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Essa história é para todas as mulheres que amam mulheres e amam amar tanto quanto gozar.


Por algum motivo, ela tinha escolhido audiovisual, o que não tinha nada a ver com a sua personalidade, mas entregou o diploma que os pais tanto quiseram. Se formou e decidiu seguir a vida como queria, saiu do interior e se mudou para São Paulo. A cidade onde tudo acontece, ela queria acontecer também, acontecer para ela mesma. Viagens são estressantes e principalmente mudanças. Havia emagrecido uns quatro quilos devido às preocupações com burocracias, mas tinha feito exatamente como havia planejado. Sentada no chão da sala do apartamento alugado, olhando pela janela o movimento intenso dentro do seu silêncio, tomando uma garrafa de vinho, estava satisfeita consigo mesma e tentava imaginar o que seria dali para frente. As horas foram passando, e a imagem dela ali, estática, olhando aquela janela, perdida dentro de si e dos seus pensamentos, era poética. O silêncio se quebrou com o som do interfone, rapidamente voltou à realidade com um pequeno susto. Chegou o jantar. Comeu olhando todas aquelas caixas e pensando em quanto trabalho ainda tinha para colocar tudo em ordem, o que não seria tanto problema. O que mais tinha eram suas roupas, um começo típico, nada muito além de roupas e o essencial para sobreviver dentro de uma casa. Assim que terminou de comer, um fast food duvidoso, foi tomar seu banho... Sentou no chão do box, deixou a água cair por minutos a fio, se perdeu mais uma vez nos seus pensamentos. Depois de um tempo, levantou, lavou seu corpo, se secou, hidratou a pele, repetiu a sua rotina de cuidados com o seu rosto de todos os dias, secou os cabelos e vestiu uma calcinha de renda que a deixava confortável. Deitou sobre o seu colchão e colocou uma música no volume mínimo para tocar enquanto terminava sua garrafa de vinho que havia começado. Seus pensamentos naquela atmosfera a levaram para as lembranças do seu último relacionamento que havia terminado há pouco tempo. Se lembrou dos momentos intensos que havia passado com ela, começou a se tocar... Massageou os próprios ombros, deslizou as mãos até seus seios, acariciando devagar mas com intensidade, foi passeando pela sua barriga se fazendo arrepiar. Ela já conhecia todos os seus pontos, até que chegou na sua buceta que já estava molhada, penetrou os dedos para lubrificá-los e começou a se masturbar... Os movimentos eram leves, lentos, os gemidos iam surgindo e ecoando por aquele apartamento ainda vazio, um gemido tímido, intenso... Gostoso de se ouvir. Ela se arrepiava inteira e seus movimentos foram ficando mais fortes, até que o prazer tomou conta de todo o seu corpo e anunciou o seu orgasmo com um gemido incontrolável. Lambia seus dedos, ela ama o seu próprio gosto. Virou de bruços, o vento da janela entreaberta batia no seu corpo e a fazia arrepiar, seu corpo estava fresco, relaxado e em poucos minutos ela adormeceu.


alarme tocando


Eram sete da manhã quando ela desligou o despertador e começou a se espreguiçar, pensando se valeria a pena acordar ou se continuava dormindo, levando em consideração que não havia algum compromisso. Pensou e levantou rápido para não se deixar levar por um momento de preguiça, se arrumou rapidamente, ela sempre foi prática e objetiva, em tudo, colocou seu conjunto de moletom mais confortável, São Paulo amanheceu fria, e foi caminhar como já fazia diariamente. Foi em direção ao parque mais próximo. Tomou café em uma padaria que encontrou durante seu trajeto, correu nas primeiras horas da manhã, voltou para casa, amarrou seus cabelos e começou a organizar a nova vida com o fone de ouvido no último volume. Enquanto se organizava, se questionava o que havia para ela no caminho que ela estava começando. Quem ela encontraria? Qual seria seu trabalho? Daria certo?.... Terminou tudo no meio da tarde, era perceptível a tranquilidade no olhar enquanto observava tudo organizado, soava como paz. Tomou outro banho, se arrumou confortavelmente, um short jeans rasgado, uma camiseta larga, um tênis da sua coleção, o cabelo bem alinhado e uma maquiagem leve, quase natural, com a boca vermelha de lip tint. Saiu sem saber para onde, ela só queria conhecer a cidade que agora também era dela. Encontrou um terraço na Paulista, sentou na cantoneira do para peito e se perdeu mais uma vez, observando o movimento daquela cidade que nunca dorme. Ela se conectava com a atmosfera urbana, se identificava com o ambiente conturbado porque dentro dela também havia um caos. Ela se perdia tanto nos seus pensamentos que o externo virava silêncio. O silêncio foi interrompido por um grupo de pessoas que falavam alto, riam, trocavam piadas internas entre eles, ela observou discretamente e acabou tendo a atenção atraída por uma mulher, cabelos pretos, ondulados e longos, um rosto marcante, um olhar profundamente melancólico, um sorriso que escondia algo por trás, segurava um copo de bebida na mão, parecia um pouco perdida dentro de si, presente e ausente ao mesmo tempo. O sorriso, ela deixou o sorriso bem marcado na memória dela. Colocou os fones, para abafar os sons que ecoavam daquele grupo e pudesse se perder novamente dentro da sua cabeça. Seu pensamento foi interrompido por um esbarrão e um pedido de desculpas apressado, quando se virou para olhar, era a moça do olhar perdido - "Tudo bem, não se preocupa!" "Desculpa mesmo, não foi intenção, a gente estava brincando." - "Está tudo bem, relaxa!", se olharam por alguns segundos. Ela se levantou, colocou sua mochila nas costas e seguiu caminho para casa. Enquanto ela se afastava e sumia entre as escadas, a moça a seguia com os olhos. Aqueles olhares que se cruzam como se houvesse algo, mas que não se olharam novamente.

Assim que chegou em casa, seu telefone tocou, uma amiga de muito tempo atrás, trabalharam juntas no interior, e a guria soube que ela estava na cidade. Convidou para um social, e ela não hesitou muito em aceitar, estava no clima. Um vestido preto longo bem alinhado ao corpo, uma jaqueta jeans e seu tênis branco.


Era bom estar ali, conhecer pessoas novas, era como nascer em outro lugar. Ninguém sabia quem ela era, ela não sabia quem era ninguém. As piadas dos seus "r's" puxados do interior, a sua bebida sempre gelada, uma galera bacana, uma noite tranquila e leve. Já era tarde, ela começou a se despedir, agradecer a companhia, a troca e foi se dirigindo à porta, que abriu no mesmo momento em que a campainha tocou, um breve susto silencioso, os olhares se cruzaram novamente, era a mesma moça atrás da porta - "Oi!" - "Oi!" - "Você é a mina do terraço?" - perguntou já sabendo a resposta - "Sim." - e ficou um silêncio que ela mesma quebrou dizendo - "Enfim, eu já estou indo, com licença!" - "Qual seu nome?" - "Larissa!" - ela respondeu já praticamente passando pelo portão - "Prazer, Dayane!" - ela acenou com a cabeça e um sorriso de canto, entrou no carro e foi sumindo ao longo da rua.


Ela seguiu até a sua casa com o resto daquela mulher na cabeça e continuou pensando até adormecer.



Quem será a Dayane? De qual mundo ela faz parte? E o que isso interessa para duas estranhas?



- Esse é o primeiro capítulo de um história que vai te prender, de pessoas reais, que nunca se encontraram e provavelmente nunca irão. Uma fanfic de uma paixão platônico que acontece em um mundo paralelo e que você pode acompanhar.

Te espero, toda segunda-feira. Se apaixone por essa história, faça parte dela, torça por esse encontro, se emocione e goze com muito que está por vir.

*Publicado por ela_praelas no site promgastech.ru em 03/05/24.


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